Os Pirilampos

A noite na Tapada Nacional de Mafra, esta floresta encantada, ganha uma nova atração e brilha ainda mais.

 

Os pirilampos são insetos da ordem dos Coleópteros, pertencentes à família Lampyridae, grupo em que, na maioria das espécies, as larvas e os adultos produzem luz. Por outras palavras, são organismos bioluminescentes.

A noite favorece a capacidade de observação das comunicações entre machos e fêmeas durante o acasalamento.

Estes produzem luz por meio de uma reação química cujos ingredientes principais são uma substância chamada luciferina que — na presença de uma enzima, a luciferase, e de oxigénio — fica oxidada e emite luz. 

A luz é produzida para comunicar, enganar as presas e/ou alertar os predadores.

As fêmeas, as larvas e em algumas espécies, os machos, durante a cerimónia de acasalamento, emitem luz.

Existem em todo o mundo cerca de 2000 espécies de pirilampos, estando identificadas em Portugal 10 espécies.

O ciclo de vida

Ovos

Começa com a postura de cerca de 100 ovos por fêmea em meados do verão, que eclodem ao fim de 3 a 4 semanas.

Surgem então as larvas que é o estado mais longo, podendo em algumas espécies durar entre 1 a 2 anos.

Larvas

As larvas dos pirilampos alimentam-se vorazmente, principalmente de caracóis e lesmas (uma das espécies alimenta-se de minhocas), presas muito maiores que o seu tamanho, mas que conseguem imobilizar através da inoculação de um veneno que as paralisa.

Com uma alimentação tão especializada, são por isso, bons indicadores ecológicos e desempenham um papel importante nas zonas agrícolas no controlo destas populações.

Pupa

No final da primavera, começa o processo de pupa e dura cerca entre 10 dias a várias semanas.

Adulto

Quando no início do verão o adulto finalmente emerge, tem apenas um propósito: reproduzir-se.

 

Em geral, os adultos:

— Não crescem

— Não se alimentam

— Vivem cerca de 3 semanas para se reproduzirem e colocar ovos.

 

As fêmeas da maior parte das espécies são parecidas com as larvas, mas muito maiores e diferentes dos machos. 

As fêmeas ficam junto ao solo subindo a ramos ou a folhas das ervas para emitirem luz.

 

Como podemos observar estes pequenos insetos?

Ver pirilampos não é fácil, pois toda a luminosidade artificial e uso dos pesticidas reduzindo drasticamente a disponibilidade alimentar, bem como a diminuição dos seus “habitats” (charcas e bosques) tem reduzido as populações a nível Mundial.

 

Por isso propomos-lhe uma experiência diferente; uma visita “À noite na Tapada” com esta temática, observar os pirilampos!

Todos os anos abrimos algumas datas e numa aventura luminosa com guia partimos à descoberta destes insetos.

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