Património natural - Biodiversidade

Numa área de 833 hectares, encontramos uma floresta única, com grande diversidade de habitats, onde se podem observar em liberdade diferentes espécies.

 

É uma floresta madura, com uma grande biodiversidade, que chegou aos dias de hoje como um local ímpar para a sensibilização ambiental, divulgação e preservação do seu precioso património natural. Nos inventários faunísticos e florísticos, entretanto, levados a cabo, estão já contabilizadas mais de 370 espécies, ainda claramente aquém da realidade.

Assim, continua a haver lugar à necessidade de promover as ações de inventariação e investigação que tornem o seu conhecimento mais completo e permitam suportar e desenvolver as ações de gestão mais adequadas à sua preservação.

Destacam-se espécies com estatutos de conservação mais sensíveis que funcionam como bioindicadores, comprovando que aqui estão reunidas as condições de abrigo, alimento e conservação, que levam à sua fixação.


As espécies vão desde grandes aves como a Águia- de-Bonelli (Aquila fasciata), ou o Açor (Accipiter gentilis), a pequenos mamíferos como o Toirão (Mustela putorius), ou o Morcego-de-Bechstein (Myotis bechsteinii), insetos como a borboleta Fritária-dos-lameiros (Euphydryas aurinia) ou répteis como a Vibora- Cornuda (Vipera latastei), são alguns dos exemplos de animais com diferentes estatutos de conservação e que atestam a importância desta floresta.


A biodiversidade de flora permite que a Tapada Nacional de Mafra seja composta por diferentes habitats e ecossistemas.
Algumas das espécies de herbáceas estão na base da existência de espécies muito especializadas ou dependentes desses arbustos como é o caso da lagarta da borboleta Esfinge-da-euforbia (Hyles euphorbiae)

A gestão da floresta, onde se inclui o seu coberto, as espécies vegetais, a existência de corredores e charcas, está intrinsecamente relacionada com a proteção e diversificação de habitats. A conservação dos ecossistemas permite aumentar a fixação de diferentes espécies, desde mamíferos como os morcegos, até insetos, répteis e outras classes taxonómicas.

Saiba mais sobre a composição da floresta (flora) da nossa Tapada.

Realçamos, no entanto, a existência de três grandes monumentos naturais; um castanheiro-da-índia, uma olaia e um sobreiro, árvores classificadas como de Interesse Público, devido à sua dimensão e idade estimada.


Este Sobreiro carinhosamente apelidado por “Sobreiro do Rei” tem 385 anos e ficou com o 2º lugar no concurso de Árvore do ano de 2024 de Portugal.


Conheça mais sobre a história do Sobreiro (na imagem)

Algumas espécies da Tapada

A biblioteca que não pode deixar de consultar

O Livro Vermelho é um documento público criado para registar espécies raras e ameaçadas de plantas e animais, e algumas subespécies locais, presentes numa região específica.

A Lista Vermelha de Grupos de Invertebrados Terrestres e Dulçaquícolas de Portugal Continental (LVI 2023) é um projeto cujo principal objetivo é a avaliação do risco de extinção de cerca de 700 espécies selecionadas de vários grupos de invertebrados, onde se incluem insetos, aranhas, caracóis, lesmas, mexilhões de rio e crustáceos.
Livro vermelho dos mamíferos de Portugal continental (2023) Este projeto teve como objetivo reforçar o conhecimento sobre todas as espécies de mamíferos de Portugal Continental, atualizar o estatuto de ameaça das espécies e desenvolver uma base de dados sobre as espécies que ocorrem no nosso território.
A Lista Vermelha das aves (2022) avalia o risco de extinção da avifauna de Portugal Continental, seguindo os critérios e a metodologia estabelecidos pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Sintetiza informação sobre a sua situação em termos de distribuição e tamanho das populações, seus requisitos ecológicos, pressões e ameaças.
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