O outono é caracterizado pela diminuição das horas de luz diárias e da temperatura que induz a preparação das árvores caducifólias para o inverno.
Os vários tons de verde vão dando lugar a amarelos, laranjas, vermelhos e castanhos, com mais ou menos intensidade, mas resultando sempre numa mudança profunda da paisagem. É como se a floresta fosse um palco que se apresenta com um novo cenário. O Sol, mais baixo, projeta a luz com menos intensidade, contribuindo para a sensação de tranquilidade que envolve a floresta.
O outono é também denunciado pelo ritual de acasalamento dos veados.
Ocorre a partir do início do outono, entre setembro e outubro. Durante a reprodução os machos vocalizam, para atrair as fêmeas e afastar machos rivais. Os sons emitidos pelos veados designam-se por bramidos e os dos gamos por roncos. Os machos tornam-se territoriais, mais facilmente observáveis, deslocando-se de forma energética entre territórios, tentando dar nas vistas para constituírem haréns de fêmeas.
Ao cair da noite e ao amanhecer bramam em tom altivo para atrair as fêmeas e afastar os outros machos.
Estas são as melhores horas para se observar estes rituais. A noite esconde as silhuetas, mas o cheiro e os sons são intensos.
Marcam os seus territórios deixando golpes fundos que fazem com o bater das hastes em jovens pinheiros-bravos, sinalizando com toda a sua força, a sua dominância.
Durante este período denominado por brama, para além de emitirem sonoros berros, os machos lutam entre si. Ao chocarem, encaixam as hastes uns nos outros, sendo vencedor o que empurrar mais. Estes comportamentos permitem defender ou reclamar novos territórios e para atrair as fêmeas. A brama prolonga-se durante cerca de um mês durante o qual os machos pouco se alimentam, terminando a época de reprodução bastante enfraquecidos.
Pelo tom da brama, mais grave ou mais aguda, os machos percebem a corpulência de quem brama, decidindo assim se vale ou não a pena desafiarem o rival.
Os combates implicam grandes perdas calóricas e há a probabilidade de se ferirem, de modo que são evitados até ao último momento. Se a corpulência dos machos for semelhante e se a brama não dissuadir o rival, então lutarão até que um desista. Muitas vezes observam-se machos a caminharem lado a lado, bramando sem que haja contato visual. Subitamente, um movimento brusco, um toque, despoleta a luta violenta com pó, destruição de vegetação, corpos arqueados e de respiração ofegante. Esta disputa pode durar apenas alguns segundos, terminando com uma corrida rápida do vencido, muitas vezes com o vencedor no seu encalço.
O outro elemento da família dos cervídeos, o gamo, também inicia o seu ritual de acasalamento, com um comportamento diferenciado quando comparado com o veado, ao marcarem território fazem covas na terra, as camas, nas quais se deitam. Emitem um som rouco e curto e perseguem as fêmeas tentando a cópula, denomina-se por ronca.
Nas camas urinam, misturando-se urina com sémen, libertando um cheiro intenso e característico desta altura do ano. A terra fresca contribui para o arrefecimento do corpo, alto nesta altura do ano devido à carga hormonal.
A pequena dimensão do seu território faz com que seja natural nesta altura do ano observar-se “filas” de gamos deitados, contrastando com a do veado cujo território tem grandes dimensões.
Em contraponto, jovens gamos sem grandes probabilidades de terem território ou fêmeas, aproveitam o frenesim da época para ensaiar lutas entre os seus pares.
São estes juvenis que, frequentemente e aproveitando o facto dos grandes machos estarem ocupados a afastar os rivais, acabam por conseguir copular com as fêmeas mais isoladas do resto do harém.
Nesta altura do ano, a disponibilidade alimentar é maior e reforçada, com a queda da bolota; fruto dos sobreiros e dos carvalhos.
Os territórios onde há maior concentração destas duas espécies de árvores, ou seja, de disponibilidade alimentar, são normalmente mais disputados pelos machos de maior porte.
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