Este ano a Tapada faz 280 anos!

Destacamos o trabalho em prol da conservação da biodiversidade e da história.

A 18 julho 1744 por decreto de D. João V é criada e demarcada a Real Tapada de Mafra …

“Fui servido mandar demarcar, junto à vila de Mafra, terras para se formar uma tapada para meu real serviço, as quais mandei avaliar para se pagarem a seus donos pelo seu justo preço; e, porque, por ocasião desta obra, são obrigados os moradores das ditas terras a saírem delas e estabelecerem em outras a sua habitação, o que poderão conseguir mais comodamente nos distritos das mesmas terras que largam, sou servido que, requerendo-o o corregedor do crime do bairro da Mouraria, Eusébio Tavares de Sequeira, a quem encarreguei a sobredita diligência das avaliações, o senado da Câmara de Lisboa mande logo demarcar proporcionalmente aos referidos moradores, em sítio pertencente à jurisdição do mesmo senado, e lhes faça expedir título com o foro que parecer justo, precedendo arbítrio de louvados nomeados pelas partes […]” (Senado da Câmara de Lisboa, liv. 18 de cons. e DEC. de D. João V, fl. 226).”

Durante todo o ano, especialmente até o dia 18 de Julho, realizaremos diversas atividades para celebrar e divulgar o esforço em prol da conservação das espécies, despertar e informar sobre algumas espécies mais sensíveis para podermos contribuir para sua preservação.
A programação inclui percursos pedestres temáticos gratuitos, experiências da época, observar e aprender com investigadores de espécies com estatuto de conservação, entre outras surpresas.

Para saber que experiências estão disponíveis deverá aceder ao nosso site na zona de destaques “Experiências da época”.

A imagem escolhida para iniciar a nossa jornada pelo ano de 2024 foi a borboleta Euphydryas aurinia comummente conhecida por Fritilária-Dos-Lameiros.
A Euphydryas aurinia é a única espécie de borboleta existente em Portugal que se encontra protegida pela Directiva Habitats (Anexo II). Também se encontra listada no Anexo II da Convenção de Berna (Convenção sobre a Vida Selvagem e os Habitats Naturais na Europa).

O seu risco está diretamente relacionado com a perda/fragmentação dos habitats de alimentação e reprodução (e.g. substituição da vegetação autóctone para instalação de monoculturas extensivas de espécies exóticas).
Esta borboleta é típica de matos e orlas de bosques com um certo grau de humidade e subcoberto bem desenvolvido, onde se desenvolvem as trepadeiras, plantas hospedeiras das suas lagartas que hibernam em grupo, num ninho construído.

As lagartas são pretas e espinhosas e retomam a atividade no final do inverno e início da primavera.
Os adultos como a borboleta da imagem começam a surgir a partir de Março e até julho.

Fotografia- Pedro alvito

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